Minhas impressões sobre o Kindle básico de 11ª geração

Agora que os Kindles simples, de menos de R$200,00 são definitivamente coisa do passado, nos resta a não tão barata opção do novo modelo de entrada dos e-readers da Amazon, o Kindle de 11ª, que sai por 499,00 reais (ou 479,00 à vista). Esse valor ainda sobe para quem não abrir mão da icônica capa, responsável por liga-lo ao se abrir. Nesse caso, adicione-se mais R$ 129,00 e chegaremos a R$ 728,00. Mais do que pagávamos no Kindle Paperwhite de algumas gerações atrás. Será que vale o investimento?

O novo aparelhinho da Amazon tem uma resolução melhor (300 dpi) da tradicional tela E-INK, tem mais pontos de luz que o antigo Paperwhite e, admiráveis quatro vezes a quantidade de memória que os antigos modelos intermediários da Amazon. Outro ponto curioso é que, vindo com dezesseis gigas de memória, ele é superior até mesmo que o Kindle Oasis versão 8Gigas.

Adquiri o meu exemplar logo na pré-venda e, após umas idas e vindas da Amazon, acabei por recebê-lo no começo de 2023. Comprado com a capa tradicional de tecido azul índigo, ele veio com interface USB-C (a mesma da nova versão do Paperwhite) e cabo. É rápido, já vem com o firmware novo, continua “conversando” fácil com o Calibre, por onde faço a alimentação dos meus livros e, ao contrario do que havia sido prometido, ele está lendo normalmente os arquivos no formato Mobi. A tela e demais componentes de hardware são bons, como os demais kindles, e, os diferenciais que encontramos em relação ao Paperwhite estão na tela maior (6 para 7”), controle de temperatura, tela de vidro, proteção contra água, e opção para 32 gigas.

De resto, é como um paperwhite das antigas bem melhorado (e um pouco mais caro também). O novo espaço de RAM permite a inserção de muitos mais livros, a iluminação é melhor, a bateria garante muitas horas de leitura (mas não dá ainda para saber se será longeva, como a dos modelos anteriores) e, no geral, pode ser sim o e-reader principal (ou único) de qualquer pessoa, inclusive pelo seu tamanho e peso, menor que dos outros modelos, o que acaba sendo uma boa opção para viagens. Em janeiro fiz uma longa viagem com ele, e em mais de 20 mil quilômetros rodados, pude ler à quadrilogia Rama de Arthur C. Clark, de forma confortável e sem fadiga visual.

Sendo assim, para quem deseja possuir um e-reader e, dentro do atual quadro brasileiro onde somos reféns da Amazon, o Kindle básico de 11ª geração é uma boa opção de baixo custo, que garantirá muitas horas de leitura.