O Kobo deixa a desejar

Uma das maiores redes de livrarias do Brasil, a Livraria Cultura, é também a primeira entre as grandes a começar a comercializar um leitor de ebooks. O primeiro aparelho vendido, há uns cinco anos atrás, foi o Kobo Touch, um aparelhinho comercializado, já naquela época, por R$ 299,00, preço relativamente caro pelo que oferecia. O hardware era bem fraco, lento, a tela de baixa resolução e sem retroiluminação. Inovador naquele momento, somente a tecnologia e-ink, que permite maior tempo de bateria e leitura sob luz forte. Esse aparelho foi o meu primeiro ereader nacional sendo também uma experiência desagradável, pois ele, enquanto acabamento e hardware, era inferior ao ereader que eu já possuía importado em 2007, o Sony PRS-600. O acabamento do Kobo Touche é muito ruim, o pior que já vi em dispositivos dessa categoria, tornando a experiência de leitura simplesmente indesejável.

Algum tempo depois a Livraria Cultura lançou outro aparelho, o Kobo Aura HD. Novamente eu adquiri esse erader e o mesmo veio com problemas de fabricação (parecia ter uma peça solta, fazia barulho de chocalho…). Sua tela borrava e o hardware ainda era lerdo. Como esse ereader não estava bom, acionei a garantia e, depois de alguns insistentes telefonemas, consegui um voucher para enviar o dispositivo com defeito via sedex de volta para a Cultura que me restituiu o valor pago. Naquele mesmo período (2015), mais dois ereaders estavam sendo lançados, o Kobo Glo e o Kogo Aura H2O. Esse último, com os diferenciais de possuir uma tela maior de 6,8” (o padrão dos ereaders é de seis polegadas de tela) e a prova d’água, podendo inclusive ser submerso. Eu, que tinha um vale da Livraria Cultura originário do Kobo Aura devolvido, o utilizei para comprar o Aura H2O. Embora esse ereader seja o melhor Kobo já lançado, possuir um acabamento razoável e boa bateria, apresenta os mesmos problemas da série Kobo: seu hardware é lento e a tela deixa um pouco a desejar, exibindo fantasmas eventualmente, após a troca de telas.

Seja pela falta de confiança nos produtos da linha Kobo (um acrônimo de Book), ou por problemas de distribuição internacional, o fato é que as ofertas desses e-readers tem sido bem irregulares no website da Livraria Cultura e nas próprias livrarias, que chegam a passar meses sem ter nenhum dos produtos para a venda. Desde o fim de 2017 tem sido encontrado a disposição os modelos Touch (horrível…) e o Kobo Glo HD (esse não conheço, mas possui características análogas ao Lev Neo e Kindle Paperwhite). O fato é que minha experiência no universo da linha Kobo não foi das melhores, razão pela qual, acredito ser uma decepção que esse produto esteja vinculado a uma rede de livrarias tão interessante quanto a Cultura.

Falamos sobre

Kobo: http://livrariacultura.com.br

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